Enquanto se desenrola o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, outras guerras se aproximam. As notícias provenientes de zonas do globo mais afastadas da Europa alertam para a deterioração da situação. Mas como é lá longe, não sentimos o perigo da mesma maneira. O PCP também ainda não se manifestou sobre o caso e, então, ainda não se deram as reações que o russo Ivan Pavlov tão bem documentou.
Mas a verdade é que, por exemplo, a China invadiu hoje o espaço aéreo de Taiwan. As incursões da Força Aérea chinesa têm sido cada vez mais frequentes. Já eram, mas desde que eclodiu a guerra na Ucrânia intensificaram-se. O Ministério da Defesa de Taiwan precisou que a incursão incluiu 12 aviões de combate J-11 e J-16 e dois bombardeiros H-16.
Este ano, já houve 370 invasões chinesas no espaço aérea de Taiwan, ilha que se separou da China, mas cuja independência nunca foi reconhecida pelos chineses. Perante a ameaça de invasão chinesa, o Governo de Taiwan está a fazer um esforço para equipar as suas forças armadas com armamento de tecnologia de ponta que os EUA lhe queiram vender. Os americanos prometem ajudar a defender Taiwan, mas não lhes dão armamento. Vendem e caro. Tão caro que, segundo a agência Reuters, Taiwan desistiu de comprar 12 helicópteros MH-60R para luta antissubmarina.
BASE MILITAR CHINESA NAS ILHAS SALOMÃO
A China celebrou um tratado de segurança com as Ilhas Salomão e a Austrália teme que esse acordo sirva para a instalação de uma base militar chinesa nesse arquipélago.
As Ilhas Salomão estão mais próximas da Austrália do que da China e já expressaram preocupação com uma eventual invasão australiana, caso a China avance com a instalação de uma base militar.