A ENCICLOPÉDIA DE MILHAZES

A última publicação data de 1 de abril de 2020. Desde então, o blog Da Rússia tem estado parado. José Milhazes deve ter encontrado ambientes mais recompensadores para a sua verve e abandonou o blog.

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É interessante ver o que Milhazes escreveu ao longo do tempo sobre a questão das relações entre a Rússia e a Ucrânia. Alguns exemplos:

Em 19 de janeiro de 2008, dava conta das preocupações expressas pelo embaixador russo em Kiev, ao citá-lo quando disse que “a NATO é um bloco militar! Eu ouço na Ucrânia conversas do tipo: “A NATO é um clube”. Mas que clube interessante… com armas nucleares! A Rússia não quer rever as suas relações com a Ucrânia, por isso explicamos a nossa posição e as possíveis consequências para a Ucrânia a todos os níveis” – previne o embaixador russo.

Em 13 de fevereiro de 2014, Milhazes publica a denúncia sobre o apoio ocidental ao “golpe neonazi na Ucrânia”. Ou seja, Milhazes sabe bem que este é um facto antigo e provocador de instabilidade nas relações entre os dois países.

2 de Fevereiro – Nações ocidentais, lideradas pela União Europeia e pela Administração Obama, estão a apoiar um golpe abertamente neonazi com vista a uma mudança de regime na Ucrânia. Se o esforço for bem sucedido, as consequências irão estender-se muito para além das fronteiras da Ucrânia e dos seus estados vizinhos. Para a Rússia, tal golpe constituiria um casus belli, vindo como vem no contexto da expansão da defesa antimíssil da OTAN para a Europa Central e da evolução de uma doutrina EUA-OTAN de “Ataque Global Rápido”, que presume que os Estados Unidos podem lançar um primeiro ataque preventivo contra a Rússia e a China e sobreviver à retaliação. (Blog da Rússia)

Trata-se de um texto interessante, dá-nos ainda uma visão do que terá sido o golpe de Estado que derrubou o Presidente Viktor Yanukovych. Descreve o envolvimento dos neonazis ucranianos, “hooligans” futebolísticos de direita e veteranos das guerras do Afeganistão, Chechénia e Geórgia. O texto refere que “350 ucranianos regressaram ao país vindos da Síria em janeiro de 2014, depois de lutarem ao lado dos rebeldes sírios, incluindo grupos ligados à al-Qaeda como a Frente al-Nusra e o Estado Islâmico do Iraque e da Síria (EIIS).”

recorte do blog Da Rússia, de José Milhazes

São muitos os textos com interesse informativo, neste blog. Lá porque hoje José Milhazes parece estar esquecido das razões da guerra, esperemos que não vá a correr apaga-los ou modifica-los ou bloquea-los. Seria o recurso a um expediente soviético que lhe ficaria mal.

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