Parece que os privilégios de antigo Presidente não chegam para permitir a Petro Poroshenko liberdade de movimentação, nem mesmo se ele argumenta com a sua atual qualidade de deputado eleito.
Depois de ter tentado passar a fronteira para a Polónia durante dois dias consecutivos, Poroshenko acusa as autoridades de o perseguirem por razões políticas.
Poroshenko tem 57 anos, tem mais de 1,80 m de altura, ainda tem força suficiente para pegar numa arma e a lei marcial em vigor na Ucrânia impede que homens entre os 18 e os 65 anos saiam do país. Todos têm de combater. Em princípio.
Mas, além disso, Poroshenko tem problemas na Justiça. Há um julgamento a decorrer onde se avalia a acusação de traição por alegados negócios efetuados com separatistas pró-russos.
Poroshenko já esteve preso, saiu em liberdade em janeiro passado e, em março, quando a RTP o entrevistou, alinhavou um discurso muito colado ao que o atual Presidente Zelenski costuma fazer.
Estranhamente, a jornalista da RTP não o questionou sobre nenhuma das questões que referimos aqui. Talvez não soubesse do assunto. Foi uma entrevista politicamente correta, digamos assim.