O CARNAVAL E AS MATRAFONAS, património cultural

NO CARNAVAL NINGUÉM LEVA A MAL, É A GRANDE OPORTUNIDADE DE "SOLTAR A FRANGA" E DE GOZAR COM OS POLÍTICOS. EM TORRES VEDRAS, AS MATRAFONAS MAIS DESCARADAS INVADEM AS RUAS E TORNAM-SE IRRESISTÍVEIS.

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Não se realiza desde 2020 mas acaba de ser reconhecido como Património Cultural Imaterial de Portugal, o Carnaval de Torres vedras.

Depois de uma longa espera, a decisão da Direção-Geral do Património Cultural estava pendente desde 2016, o Carnaval de Torres e as fabulosas Matrafonas passam a constar no espólio cultural da Nação.

Matrafona é a designação que os torrienses dão aos homens que se vestem de mulheres, que se meneiam como mulheres, “bonecas” que dão uma característica única aos desfiles espontâneos do Carnaval de Torres Vedras.

Deixamos aqui o exemplo do que se passou em 2018, para poderem apreciar a qualidade da farra…

Em 2023 o Carnaval de Torres vedras faz 100 anos. Uma data que deverá ser celebrada com uma festa de arromba.

Um Carnaval Histórico

As manifestações do Carnaval espontâneo em Torres Vedras, característica que persiste até hoje, remontam ao século XIX, mas foi em 1923 que uma elite local republicana e um grupo social comercial/industrial emergente iniciou os festejos organizados nas ruas.

Em 1941 e 1945, os festejos foram interrompidos com a 2ª Guerra Mundial, e em 1953, 1954 e 1956, no período do pós-guerra, mas foram revitalizados nas décadas de 60 e 70 do século passado, tendo aí aparecido as figuras dos Zés Pereiras, os carros alegóricos e o primeiro passeio trapalhão, que permaneceram até hoje.

O evento atrai à cidade meio milhão de visitantes nos cinco dias de festa, desmentindo assim o ditado popular de que “a vida são dois dias e o carnaval três”. Em Torres Vedras são cinco dias.

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