Não é a primeira vez que se ouve dizer que os emigrantes portugueses são discriminados e vítimas de racismo nos diversos países onde passaram a residir. Daniela Pinto Mendes está em greve de fome, reivindica direitos a que diz ter direito, mas é maltratada pela polícia suiça que a trata como se fosse uma terrorista, diz Daniela…
Daniela Pinto Mendes, tem 28 anos, mãe de um bebé, emigrante na Suíça. A Daniela foi vítima de um acidente de trabalho. Caiu numa escada, só parou 14 degraus mais abaixo. Ficou com mazelas nas pernas, braços e coluna vertebral. Foi operada à coluna, ainda não conseguiu recuperar de forma a voltar a procurar trabalho.
Na Suíça todos os trabalhadores têm de ter um seguro de acidentes de trabalho. Ou pagam um seguro privado ou pagam o seguro da SUVA que é privado também. A SUVA tem, no entanto, um contrato com o Estado da Suíça e exerce a sua atividade como empresa independente enquadrada na lei do serviço público suíço. Trata-se de um esquema de política liberal, mas que na prática funciona mal.
O caso de Daniela é paradigma disso mesmo. Ao fim de alguns meses de tratamentos e desemprego, a SUVA decidiu transformar o acidente de trabalho em doença e, assim, deixar de pagar fosse o que fosse. A empresa não pode ter prejuízos e pede a compreensão das pessoas que abandona…
Em 20 de outubro a SUVA escreve a Daniela, dizendo que recebeu a reclamação feita por ela a 7 de outubro de 2021 e que vai estudar o assunto pelo que lhe pede paciência e compreensão…

A 10 de novembro, a SUVA escreve a Daniela para comunicar que a reclamação é um assunto muito delicado e que leva tempo para ser respondida e que ela deverá contar com 4 meses de espera…

No terceiro documento, um email de resposta a Daniela, a SUVA reafirma a falta de tempo para estudar o assunto, dizendo que há uma grande carga de trabalho. Ou seja, acaba por confessar que as reclamações são mais do que muitas.

Cansada de esperar e já sem paciência nem compreensão, Daniela iniciou uma greve de fome à porta da SUVA. Há quatro dias que permanece na rua, ao frio. E o frio nas ruas de Lucerna não é para brincadeiras. Tem estado acompanhada por outros portugueses, alguns igualmente vítimas do sistema liberal suíço de assistência social.
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Lutai por vossos direitos eu estive aí e foi igual mas tive que disisistir não tinha tinha ninguém aí para me ajudar financeiramente e tinha família em Portugal tive que vir embora com uma mão atriz e uma a frente que tinha a família a passar necessidades em Portugal forca e sorte
E uma tristeza nos trabalhadores a descontar e depois uma boqueirão no rabo justiça de merda só es bom se trabalhares