Chega, partido “venezuelano”

A pequenez do partido Chega não se mede apenas pelo número de eleitos pelo voto popular, também se mede pelas ideias e comportamentos dos que nesse partido militam.

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1980

A campanha oficial para as eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro começa hoje, depois de uma pré-campanha marcada por três dezenas de debates televisivos entre as forças políticas que elegeram deputados em 2019.

Todos os partidos já têm calendário definido para as ações de campanha, sempre com o fito de “dar nas televisões”, que é o que mais importa.

Dissidências na extrema-direita

Para o Chega, a campanha não começa bem. Um grupo de dissidentes do Chega veio agora pedir desculpas publicamente a todos aqueles que enganaram, levando-os a aderir ao partido. Pela voz de Fernando Amorim e de João Leitão, este grupo de dissidentes veio dizer que o Chega mais parece um partido estalinista, cubano ou venezuelano.

Nos eventos organizados pelo partido, o culto da personalidade é por demais evidente, com as paredes cobertas com a fotografia do líder Ventura, contam estes dissidentes, sem novidade para quem os ouve. Menos evidente são as perseguições e saneamentos que dizem ser recorrentes no interior do Chega, perseguições e saneamentos para afastar competentes e dar lugar a amigos ou familiares dos dirigentes.

“Ele quer é isto”, diz Fernando Amorim, referindo-se a André Ventura, afinal o grande beneficiário deste estado de coisas existente no Chega. “Nepotismo”, “censura”, “seita sem propostas”, são palavras disparadas pelos dissidentes contra Ventura. E fizeram-no de cara destapada, sem medo de represálias ou processos persecutórios. São pessoas que não ajoelham por imitação ou pantomima como faz, aparentemente, André Ventura.

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