Ao 4º dia, as explicações. Finalmente. Num comunicado, a Impresa explica a amplitude do ataque levado a cabo pelo Lapsus$ Group: “os sites do Grupo IMPRESA, nos quais se incluem órgãos de comunicação social como o EXPRESSO, a SIC e a BLITZ, mas também marcas como a Opto, ADVNCE ou Olhares, foram alvo de um ataque informático, que teve início no passado domingo, dia 2 de janeiro”.
Depois de referir o “esforço extraordinário para tentar colmatar as dificuldades técnicas impostas”, o comunicado da Impresa confirma que a empresa apresentou queixa-crime contra incertos pela prática de “crimes de terrorismo” e de dano relativo a programas ou outros dados informáticos, sabotagem informática, acesso ilegítimo, acesso indevido, desvio de dados e destruição de dados”.
Pelo sentido do que está escrito no comunicado, os sites originais permanecem bloqueados pelos hackers, pelo que os conteúdos e noticias continuam a ser veiculados pelas redes sociais e pelos sites provisórios que ontem à noite foram ativados.
O comunicado confirma igualmente as dificuldades provocadas na produção e emissão dos programas de televisão, tal como relatamos ontem aqui no Duas Linhas, e acrescenta que “demorará algum tempo para que a normalidade de todas as operações seja reposta.”
No final do comunicado surge um conjunto de respostas a “questões mais frequentes” neste tipo de situações, onde a Impresa diz que nunca foi pedido qualquer resgate.
Quanto a dados perdidos ou capturados pelos piratas, a Impresa diz não haver “evidências” de que os atacantes tenham capturado ou utilizado passwords de clientes das empresas do grupo Impresa e que “Não houve quaisquer dados pessoais de assinantes/utilizadores/subscritores que tenham sido destruídos ou apagados das referidas bases de dados.” Nem mesmo de dados relativos a cartões bancários, garante-se no comunicado.
A Impresa garante, ainda, que irá divulgar dentro de dias informação sobre o modo como pretende ressarcir assinantes e subscritores de serviços que não estão a ser prestados.