Desde 30 de agosto que em Paris, a capital da França, a circulação automóvel está condicionada a uma velocidade máxima de 30 km/h. Salvo raras exceções, é assim na grande maioria das ruas da cidade. As autoridades francesas instalaram mais 45 radares, espalhados pela cidade, sinal de que há pouca ou nenhuma tolerância para quem desobedeça à lei.
Nos primeiros dias foi terrível para os automobilistas. Em algumas zonas, sete em cada dez condutores foram apanhados em excesso de velocidade e multados. Lá como cá, a multa varia em relação ao excesso de velocidade registado. Segundo informações da polícia francesa, a média foi de 135 euros por multa e a perda de dois pontos na carta.
Em Londres, foi agora anunciada a intenção de implementar uma velocidade máxima de 24 km/h, em toda a cidade. A proposta é da autarquia londrina e está a ser debatida num circuito de peritos em transportes urbanos. A ideia das autoridades inglesas é fazer com que diminua a poluição atmosférica provocada pelos motores de combustão alimentados a gasóleo ou gasolina.
Em Portugal, conduz-se rápido mas decide-se devagar
Em 6 de outubro deste ano, o Parlamento Europeu aprovou um relatório onde se recomenda a adoção da velocidade máxima em meios urbanos de 30 km/h. Segundo o documento, a medida irá reforçar a segurança rodoviária. Em concreto, pede-se a adoção de medidas como uma velocidade máxima de 30 km/h em zonas residenciais e com um elevado número de ciclistas e peões, argumentando que o excesso de velocidade é um fator determinante em cerca de 30% dos acidentes rodoviários mortais.
Em Portugal, o ministro da Administração Interna já considerou publicamente “absolutamente inaceitável” o elevado número de atropelamentos, sobretudo nas zonas urbanas, e também admitiu impor limites de velocidade de 30km/h em alguns bairros de Lisboa.
Ideia revelada em 2018, mas sem consequências práticas até hoje. O limite de velocidade dentro das localidades continua a ser de 50 km/h e olimpicamente desrespeitado com demasiada frequência. Mas é evidente que quando a medida for implementada em todos as outras capitais e grandes cidades europeias, Portugal irá igualmente aplica-la. Sempre atrasados, como é costume.
Mais radares em Lisboa
A Câmara Municipal de Lisboa investiu mais de 2.100 milhões de euros na compra de 41 radares de controlo de velocidade de veículos. Vinte e um irão substituir aparelhos velhos e estragados, outros vinte vão ser colocados em novos locais.
Até ao momento já foram substituídos 11 radares e instalados 18 novos, indicou o município de Lisboa, e o trabalho prossegue.
Por enquanto, os radares continuam afinados para o limite de velocidade de 50 km/h…