Paulo Rangel, o transparente

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A candidatura de Paulo Rangel é uma jogada de alto risco para o putativo candidato a primeiro-ministro. Rangel deve ter muitos anticorpos no seu próprio partido e, se vier a ser eleito, os seus defeitos e virtudes poderão fazer dele um fenómeno político. Ou seja, será um alvo a abater.

Alguns dirão que a vida privada não deve ser vasculhada por causas políticas, mas sabemos que não é assim e sabemos, também, que os comportamentos privados dos políticos contribuem para formarmos uma opinião sobre eles. E se os políticos nos pedem o voto, nós temos o direito a pedir-lhes tudo o que entendermos, principalmente transparência e honestidade.

Em setembro, Rangel assumiu que era homossexual, num daqueles programas da SIC que puxa pelo sentimento e pela lágrima ao canto do olho. Disse ele, nessa pantalha, que a sua orientação sexual “não é nenhum problema. Foi uma coisa que nunca escondi, não é nenhum segredo “, disse Rangel ao seu interlocutor e a todos os que viram a entrevista. Mas, na verdade, a maioria das pessoas não sabia.

Na verdade, não sabiam que ele era gay e só souberam que ele bebia um copito a mais quando viram um célebre vídeo onde Rangel cambaleava pelas ruas de Bruxelas, depois de um jantar com amigos.

A divulgação do vídeo foi muito criticada. Mas, na mesma lógica de transparência, devia ter sido aplaudida. Ficámos a saber mais um pouco sobre um tipo que um dia destes pode vir a ser primeiro-ministro deste país.

Mas a tempestade talvez ainda nem tenha começado. Na extrema-direita, o deputado Ventura aclara a voz para discursos futuros…

E à esquerda a cena até pode ser mais violenta, uma vez que já falam em salas de bondage e coisas assim…

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