A vida de Adriano Moreira atravessou a ditadura de 48 anos e a democracia de quase 50. No regime de Salazar e Caetano foi sempre um homem respeitado. Na democracia tem sido uma voz clara e lúcida das teorias da direita política.
Quer se concorde ou não com Adriano Moreira, deveria ser a melhor referência para a direita política portuguesa. Tal como André Malraux foi para De Gaulle e António Ferro para Salazar. Se existisse Senado em Portugal, ele seria um excelente senador da nação.
Sucedeu o Francisco Lucas Pires, que já tinha sucedido a Diogo Freitas do Amaral na de liderança do CDS. Foi presidente do CDS entre abril de 1986 e 1988. É autor de uma vasta obra política e jurídica. De onde sobressai o Direito Corporativo, logo em 1950 e a Política Ultramarina, em 1956.
A direita deveria ter bebido o volume sobre Ideologias Políticas, de 1964. O seu último grande livro versa sobre Teorias das Relações Internacionais, 1996.
A voz mais lúcida da direita política portuguesa está a um ano de um fazer um século de vida. Ventura, Francisco e Rio deveriam ir em peregrinação ao Restelo para aprenderem como se pode construir um país à direita. Mas inclusivo e democrático. Para quando um dia conseguirem chegar, num golpe “à Passos” ao poder.