Sexo, política e vídeos

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Já se adivinhava o que aí vinha, depois da divulgação do vídeo de Paulo Rangel a cair de bêbado na via pública, em Bruxelas. Até agora, as alusões à opção sexual do deputado eram feitas de modo muito dissimulado, frases sub-reptícias na imprensa, declarações enigmáticas, tudo muito subentendido.

Agora, um semanário da praça trouxe à estampa o assunto, assumindo que Rangel é homossexual. No mesmo texto, mistura álcool com sexo e política. Uma mistura que costuma dar explosões pirotécnicas grandiosas. É dito que Rangel nunca se assumiu “pelo receio de magoar a mãe” e que o assunto, nos meandros mais esconsos da política, “há muito que é tema de conversas”, uma vez que se tratará de “um dos segredos mais mal guardados da nossa política”.

É mais ou menos assim que a alegada homossexualidade de Paulo Rangel é tratada, sem esquecer que o homem tem sido visto como um dos prováveis futuros líderes do PSD. Um texto pejado de citações de fontes anónimas. Ou seja, todos falam que o tipo é gay, mas nenhum deles quer ficar com o ónus da divulgação das intimidades do deputado.

Tudo começou com a divulgação do vídeo. Na impossibilidade de se saber quem o publicou e espalhou pelas redes sociais, adiantam-se hipóteses. Pode ter sido alguém do próprio PSD, para queimar o putativo adversário à liderança de Rui Rio. Ou pode ter sido alguém do PS, pelos mesmos motivos. O que diz tudo sobre a política caseira.

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