Fui um dos dois únicos jornalistas a fazer uma longa entrevista ao juiz Carlos Alexandre. E percebi que é um homem imprevisível. Primeiro foi a SIC em 2016. Dois anos depois, o super-juiz estava na RTP, sem óculos e sem gravata.
Não foi fácil, Carlos Alexandre é um solitário, com o telemóvel sob escuta. Mas aparentemente gentil. A sua temeridade granjeou a simpatia de muitos portugueses, enganados com a sua disponibilidade.
Quando nos sentámos frente a frente, compreendi que lá dentro há um conhecimento profundo das teias da corrupção portuguesa. E que ele traria de volta os muitos milhões de euros roubados se “houvesse vontade política”.
Carlos Alexandre não tem amigos, apenas admiradores. Muitos juntaram-se no Facebook no Grupo de Apoio ao Juiz Carlos Alexandre. Uns na esperança de encontrarem um novo Salazar, outros para construírem um novo partido justicialista, outros a pensarem que um Di Pietro teria sucesso em Portugal. Ao que parece… zás! Alguém mandou varrer aquele reviralho! E quem foi?
