Festejos do Sporting geram conflito com PSP e preocupação com a pandemia

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O Sporting não é um clube diferente dos outros. Apesar de ter um presidente que se distingue da maioria, não só pela idade, mas, também, pelas atitudes e, já agora, pelo CV académico e profissional, o clube vive rodeado de grupos facciosos e de índole violenta, as chamadas “juventudes” onde se agrupam elementos que, muitas vezes, vivem nas margens da lei.

O que se passou com os festejos do título é o reflexo do que atrás está descrito. Comportamentos irracionais, irresponsabilidade perante uma situação de calamidade sanitária, agressões gratuitas contra a polícia.

Por outro lado, era previsível que este tipo de cenas iria ter lugar, fosse qual fosse o clube a vencer o título de campeão nacional de futebol. Talvez tenha havido ausência de planeamento sobre como prevenir estas cenas. Com o campeonato a decorrer sem público, a polícia e os clubes esqueceram-se, talvez, das claques e da violência que costumam exibir. O resultado está à vista.

Por tudo isto, António Costa anunciou que “relativamente aos eventos de ontem [terça-feira], o senhor ministro da Administração Interna já teve ocasião de fazer um despacho, primeiro solicitando à PSP informações sobre como tinha sido articulado todo o planeamento com o conjunto das entidades envolvidas, desde o Sporting Clube e Portugal à Câmara Municipal de Lisboa e à Direção-geral da Saúde, e solicitando à Inspeção-geral da Administração Interna um inquérito à atuação da Polícia de Segurança Pública naquele contexto”.

O Presidente da República disse que “quem deve prevenir” aglomerados de pessoas como os dos festejos do Sporting, em Lisboa, “não conseguiu prevenir”, esperando que tal “não tenha custos” para a saúde pública em breve. Marcelo disse ainda “esperar que daqui por 15 dias, três semanas”, o país não tenha “notícias menos boas por causa da euforia” relativamente à pandemia de covid-19.

A Polícia de Segurança Pública tentou conter as investidas dos adeptos do Sporting, na Praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, antes de a equipa ‘leonina’ chegar ao local, mas perante as investidas dos adeptos contra os gradeamentos que isolavam a praça e o arremedo de objetos e de pirotecnia contra a polícia, verificaram-se confrontos que provocaram vários feridos entre manifestantes, polícias e jornalistas.

Foi um erro permitir o cortejo da equipa pelas ruas de Lisboa, até à rotunda do Marquês de Pombal.

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