As Estufas da Ira

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Afinal somos um país racista e praticante, embora os diáconos de serviço, e que fazem dessa militância uma forma de ganhar a vida e notoriedade, nada terem feito para denunciar a barbárie instalada no litoral alentejano, onde patrões sem escrúpulos exploram trabalhadores imigrantes, muitos ilegais, alguns chegados ali por participação direta de máfias estrangeiras.

Ninguém levantou a voz, ou exerceu o Poder político, para em tempo útil pôr fim a este escândalo social e agora sanitário. A GNR de Odemira nunca viu nada de aparentemente ilegal em tal comunidade, o presidente da Câmara de Odemira está a leste, os sindicatos têm estado a preparar manifestações em Lisboa, o ministro da Administração Interna tem mais que fazer, embora saiba mandar a tropa de choque quando é preciso show-off e fazer propaganda para a esquerda.

Há anos que aquelas estufas destroem o ambiente, as terras, o cultivo biológico da zona, mas os ministros da agricultura ignoraram o perigo para o ambiente e a economia daquelas estufas, como continuam a marimbar-se nos olivais intensivos plantados no Alentejo, para os espanhóis secarem as terras e levarem os recursos de Portugal. Os “Mamadous” desta vida preferem a vida confortável, paga com os dinheiros públicos, e fazerem foguetório com manifestações coloridas e de que as televisões gostam.

Uma vez que a tragédia sanitária foi impossível de esconder, desmascarado que foi o governo ao ter descuidado o controle dos trabalhadores, das condições sociais, salariais, ao ter permitido que várias ilegalidades graves não tivessem sido detectadas a tempo, não esteve com meias medidas. Usando da violência revolucionária à PREC, agora com mandado assinado pelo governo, requisitou propriedade privada, também elas de discutível existência, invadiu aquilo de quem era particular, fez tábua rasa dos direitos e liberdades constitucionais, usando uma requisição burocrática.

O povo de esquerda fica satisfeito. Afinal o governo socialista actuou e pôs em marcha uma medida coletivista que agrada e faz calar a esquerda festiva. Já um recente decreto que permite expropriar imóveis em Lisboa foi aprovado sem ai nem ui de ninguém. Chegados aqui, só nos resta voltarmos ao espírito da Alameda de 75 e dizer como Mário Soares o fez, que a cegueira revolucionária não passará. Só é preciso que os portugueses saiam de vez do confinamento político, há anos encafuados no sofá do esquecimento.

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