A Escola Secundária Afonso Domingues, em Marvila, Lisboa, foi encerrada em 2010 porque era ali que ia amarrar a terceira ponte sobre o Tejo, uma ponte ferroviária onde iria passar o TGV.
O comboio de alta velocidade nunca foi implementado, a ponte nunca se construiu mas a escola fechou para sempre. Hoje é um escombro.
11 anos depois, continua a ser um bom edifício de paredes sólidas. As portas e janelas é que não aguentaram a iniciativa privada de quem se entretém a pilhar locais abandonados. E muita coisa ficou para trás… muitos armários, material escolar, quadros de sala de aula, instalações elétricas e cablagem de eletrónica, material das oficinas dos cursos profissionais.
O abandono deste equipamento escolar é inaceitável. O abandono do edifício é incompreensível. Não sendo escola poderia ser qualquer outra coisa, poderia servir como centro cultural, centro de saúde, qualquer coisa que ajudasse a melhorar a vida de bairros deprimidos como são Marvila e o Beato, ou até mesmo Chelas, onde vivem cada vez mais pessoas sem emprego.
A escola Afonso Domingues foi inaugurada no início do ano lectivo de 1956, era uma escola ampla, de corredores largos, pé direito alto, além das salas de aula, tinha oficinas e laboratórios, campos de jogos e zonas arborizadas. Fez parte da rede de escolas especializadas em cursos técnico-profissionais das áreas de desenho, electricidade, electrónica, química e mecânica…