É hoje um dado indesmentível que a causa principal de internamentos e da alta letalidade, verificados no início da pandemia, se deveu ao desconhecimento sobre uma nova doença, que apresentava sintomas e sinais muito estranhos e de difícil interpretação clínica: uma verdade que só quase um ano depois os “epidemiologistas” admitiram, tendo sempre insistido numa tese que, olhando para NÚMEROS e não para PESSOAS, assentava no esforço de testagem que, de repente, viera acrescentar muitos novos casos, até aí não detetados por assintomáticos.
Tratava-se de meia-verdade, porque as estatísticas posteriores provaram claramente que, com números já comparáveis de novos casos, as curvas dos internamentos, incluindo a mortalidade em cuidados intensivos, melhorou substancialmente.
Sem dúvida que a evolução dos conhecimentos médicos, e a uniformização de procedimentos, sempre foram fatores decisivos: em abril de 2020, o SNS abanava com mil novos casos/dia; o mesmo já não acontecia em março de 2021. Hoje, em abril de 2021, temos garantidamente uma margem de segurança muitíssimo mais larga.
Recusando trabalhar com “erres” que ninguém usa, e “policromias” que ninguém entende, é mais que tempo de relançar a esperança e a economia.
No dia 25, boa notícia e que vem ao encontro daquilo que ando a afirmar há mais de um mês, nem uma só morte se registou.
Consolidado o número de novos casos na ordem das poucas centenas, só o catastrofismo e a incompetência podem recomendar a continuação de confinamentos que, há muito, poderiam ter sido aliviados, obviamente debaixo de devida e apertada monitorização.
Mas que podemos fazer, se Portugal é o país do oito e do oitenta?