Viver na rua em Sintra, o caso de Manuel Ildefonso

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Por mais que se tente, é difícil ter a noção concreta do que é viver na rua. Quando faz frio e nos tapamos com mais um cobertor ou ligamos o aquecimento da casa, estamos longe de imaginar o sofrimento dos que não têm cobertor nem sequer casa, como é a situação do senhor Manuel Ildefonso.

Nos dias e noites de intempérie, o senhor Ildefonso abriga-se numa das muitas ruínas do centro histórico de Sintra.

A vila do romantismo é governada por gente que tem pedras dentro do peito.  Há anos que este homem pede uma habitação camarária à autarquia de Sintra. E há anos que o autarca lhe nega esse direito. A luta é demasiado desigual. A autarquia, que tem muitos gabinetes cheios de técnicos e de advogados, só precisa de esperar que Ildefonso morra de hipotermia numa noite de frio, ou de pneumonia numa noite de chuva, ou de fome num dia de indiferença.

cartaz de protesto de Manuel Ildefonso

O senhor Ildefonso já fez o seu testamento. Temos a certeza que Basílio também.

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