O que outros chamam calhau, ele chamava “página de História”

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O email dizia assim: “Miguel Magalhães Ramalho foi um lutador pela defesa do ambiente, com intervenções sempre pertinentes em conferências, em intervenções televisivas e nos mais variados meios de comunicação, pugnando para que não estragássemos o planeta, para que protegêssemos a biodiversidade. No que se refere a Cascais, quanto não lutou pela Paisagem Protegida, pela preservação das espécies autóctones que tão bem conhecia”… e foi assim que José d’Encarnação deu a conhecer ao seu círculo de amigos e conhecidos a morte de um homem especial.

Eu que não o conheci pessoalmente, sabia alguma coisa de ver na televisão e de ler nos jornais sobre a sua vida e obra. Trata-se de um geólogo, diretor do Museu Geológico, que ali cuidou e aumentou um fabuloso espólio de muitas centenas de milhar de peças, respeitantes às coleções de paleontologia, arqueologia pré-história e mineralogia.

Quem visitar o Museu Geológico ficará a saber como era há milhões de anos este território a que chamamos Portugal. Que animais aqui viviam, que plantas existiam, que ar respiravam, que chão pisavam, que água bebiam.

O Museu Geológico é uma instituição tão frágil quanto os fósseis e as ossadas milenares que guarda, o próprio Miguel Magalhães Ramalho dizia que o museu era um lugar esquecido pelos poderes públicos, “que até o quiseram fazer desaparecer”. Mas ele não deixou.

E fez muito bem. Esperemos que quem lhe suceda consiga fazer o mesmo.

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