Os maçons do Grande Oriente Lusitano reagiram à “boca” de António Lobo Xavier, de que alguns dos seus clientes da advocacia lhe disseram terem sido vitimas de uma rede de maçons que se dedica à extorsão.
Lobo Xavier aproveitou a oportunidade proporcionada pela discussão à volta de um projeto lei sobre a obrigatoriedade dos detentores de cargos públicos declararem a que organizações “discretas” pertencem, para exercitar a má-língua.
Segundo Lobo Xavier, esses seus clientes teriam falado numa rede maçónica composta por políticos e magistrados. Podem escutar esse trecho do discurso de Lobo Xavier, no programa da TSF “Circulatura do Quadrado”:
Como nem os clientes nem o advogado se dispuseram a levar as denúncias por diante e se calaram, a “boca” agora revelada é apenas mais um contributo para o caos e a desinformação. Quem silencia um crime torna-se conivente com ele e uma hipotética situação de chantagem não serve para justificar o silêncio. Vir agora com conversa de café não serve para nada.
Depois destas declarações de António Lobo Xavier, os maçons decidiram pedir que se investigue. Numa carta endereçada à Procuradoria Geral da República, pedem que “se investigue até à exaustão o que houver para se investigar, promovendo a punição, se for caso disso, de eventuais prevaricadores “. Tudo em pratos limpos.
Não é nada estranho que só agora Lobo Xavier tenha sentido o impulso de falar destas coisas. Ele que foi deputado desde 1983 até 1995, presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP entre 1992 e 1994. Está na política como peixe na água. O que ele fez insere-se nesse âmbito da politiquice.