A Câmara Municipal de Lisboa pretende demolir o edifício onde funciona o grupo de escoteiros da Ajuda. Os escoteiros estão ali desde 1956 e não têm alternativa para a sede, local onde desenvolvem atividades que ocupam os tempos livres de muitos jovens.
“A nossa ação não se limita ao âmbito escotista, sendo a nossa sede utilizada diariamente pela comunidade da Escola Voz do Operário com a qual desenvolvemos um protocolo de utilização do espaço para recreio e eventos e que será também afetada pela demolição do espaço prevista”, diz o texto que serve de apresentação a uma petição online com a qual se pretende sensibilizar a CML a voltar atrás na decisão de demolir o edifício ou, em alternativa, encontrar uma outra sede para este agrupamento de escoteiros.
O prejuízo aumenta quando o edifício dos escoteiros da Ajuda “tem sido alvo de recorrentes e dispendiosos melhoramentos e manutenções assumidos na sua esmagadora maioria pelo grupo através das suas quotizações e angariações de fundos para o efeito, que garantem que o espaço se encontra em condições para a sua regular utilização”, diz o texto da petição.
Os escoteiros da Ajuda dizem entender a necessidade de reestruturar e modernizar a freguesia, mas dizem que “a requalificação urbana não pode ser feita obliterando a comunidade que está enraizada no local.”
Demolir a sede dos escoteiros sem lhes apresentar uma solução de alojamento não parece bem a ninguém. Trata-se de um ato que, em concreto, resulta num despejo de uma instituição que acolhe atualmente mais de 80 jovens que semanalmente ali realizam as suas atividades.