A Assembleia da República vai votar esta quinta-feira novo período de estado de emergência. Em princípio, a votação será favorável a essa renovação se os partidos repetirem as votações anteriores.
Apesar de haver já um alívio nas medidas de confinamento, muitos setores económicos continuam paralisados, nomeadamente o comércio. O PCP avisou hoje o Presidente da República para o risco de “falências em massa” de micro, pequenas e medias empresas e o aumento do desemprego que pode atingir 15%, segundo afirmou o secretário-geral do PCP.
Jerónimo de Sousa avisou que os deputados comunistas votarão contra e que o PCP preferia menos confinamento e mais medidas de combate na área da Saúde: mais rastreio, mais testagem e mais vacinação.
O Bloco de Esquerda não se opõe à renovação do estado de emergência por mais 15 dias, mas espera que este seja o último desta fase, caso se mantenham as condições para o desconfinamento. Isto é, o BE repete a votação da votação anterior.
Catarina Martins disse esperar que “seja possível manter o desconfinamento, que os números continuem numa rota de controlo”.
Para já, os números da pandemia parecem estar favoráveis, apesar de haver uma subida nos novos casos. Esperemos que não signifique que o contágio está a subir de novo. O boletim epidemiológico de hoje assinala 11 mortes relacionadas com a covid-19 (mais 1) e 575 novos casos de infeção (mais 141), 712 doentes estão internados (menos 31 do que na terça-feira) e 155 doentes (menos quatro em relação a terça-feira) em cuidados intensivos.