A Agência Europeia do Medicamento (EMA) garante que a vacina da AstraZeneca contra a covid-19 “é segura e eficaz”, não estando associada aos casos de coágulos sanguíneos detetados, que levaram à suspensão do seu uso.
A posição surge depois de nos últimos dias vários países europeus, incluindo Portugal, terem decidido por precaução suspender a administração da vacina da AstraZeneca após relatos de aparecimento de coágulos sanguíneos e da morte de pessoas inoculadas com este fármaco.
Para fazer com que esta informação seja aceite sem reservas por todas as pessoas, seria necessário que se soubesse quais as causas concretas da morte dessas pessoas.
9 em cada 10 querem ser vacinados
Um estudo desenvolvido na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), revelou que nove em cada 10 portugueses aceitam aderir à vacina contra a covid-19.
Realizado entre os meses de dezembro e janeiro, o inquérito recolheu quase três mil respostas, sendo que 91% das pessoas expressaram a vontade em serem vacinadas contra a covid-19.
O estudo dá nota que os indivíduos com menor nível de escolaridade revelaram maior preocupação com a toma da vacina, bem como dos possíveis efeitos secundários, ou seja, em maior risco de não aceitarem ser vacinados.
Ainda no mesmo estudo, os dados revelam também que as mulheres consideram que a pandemia tem afetado mais as suas vidas, estão mais preocupadas em serem infetadas e sentem-se mais abaladas emocionalmente com a situação pandémica.
Farmácias ficam em “estado de prontidão”
Na segunda fase do processo de vacinação contra a covid-19, vão ser ativados centros de vacinação rápida, e as farmácias ficarão em “estado de prontidão” caso seja necessário reforçar a rede implementada de centros de vacinação.
Com uma média de cerca de 23 mil inoculações diárias, o processo tem assentado na comunicação com os cidadãos por SMS ou por contacto direto dos centros de saúde com os utentes.
Números continuam a baixar, em geral
Portugal registou hoje 21 mortes relacionadas com a covid-19 (mais seis que ontem) e 485 novos casos de infeção com o novo coronavírus (menos 188 que ontem), segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o relatório da situação epidemiológica da DGS, o número de doentes internados em enfermaria baixou para 828 (menos 28 do que na quarta-feira).
Nas unidades de cuidados intensivos (UCI) estão 187 doentes internados (menos 18).