EDP vende barragens portuguesas

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Honra seja feita ao Bloco de Esquerda que trouxe para a praça pública o alegado esquema fraudulento utilizado pela EDP para vender seis barragens portuguesas a uma outra empresa estrangeira.

Se é verdade que o capital já não tem nacionalidade, os donos do dinheiro são os donos disto tudo, aqui ou seja lá onde for, as leis de cada país ainda são para se cumprir, apesar de tudo.

O que foi vendido são as seis barragens do Douro Internacional. Quem as adquiriu foi  a ENGIE, empresa global do setor da energia e dos serviços, com interesses e negócios em mais de 70 países. Dizem que o negócio rendeu à EDP 2 mil milhões de euros. Imposto pago ao estado português: zero.

Como isso foi possível é o que o Bloco de Esquerda e o Movimento Cultural da Terra de Miranda querem saber e, para isso, denunciaram o esquema e exigem respostas do Governo.

Com isto, a EDP acaba de demonstrar que não precisa de Mexia para continuar a “reinar” connosco. O Mexia e alguns outros saíram por terem sido constituídos arguidos no chamado “caso EDP”, processo que ainda não chegou à barra do tribunal. Mas ficaram na EDP muitos outros ex-governantes e influenciadores políticos que cumprem à risca aquilo para que são regiamente pagos: safar a empresa de ter de pagar impostos.

A triste cena de Eduardo Catroga, chairman da EDP, em 2016, num assédio brutal ao primeiro-ministro António Costa ficou para os anais da corrupção em Portugal.

Catroga nunca esteve sozinho na EDP com a tarefa de influenciar as decisões dos governantes. Outros nomes que por lá passaram ou que por lá continuam são, por exemplo, os de Jorge Braga de Macedo, Luís Filipe Pereira, Rui Pena, Luís Amado, Augusto Mateus, Celeste Cardona ou Paulo Teixeira Pinto.

E se vos disseram que a EDP é um dos clientes da FINPARTNER, não se admirem.

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