Portugal registou hoje 50 mortes relacionadas com a covid-19, o número mais baixo desde 6 de novembro de 2020, e 1.480 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
O boletim epidemiológico da DGS revela também que estão internados 2.767 doentes (menos 245 do que na terça-feira), o número mais baixo desde 10 de novembro, dos quais 567 em cuidados intensivos (menos 30 que ontem), número que não era registado desde 11 de janeiro.
“Janela de esperança” entreaberta
Depois de ter aberto uma “janela de esperança” quanto à meta de ter mais cedo que o previsto 70% da população vacinada, conforme disse o Presidente da República, o coordenador do grupo de trabalho do plano de vacinação contra a covid-19 vem, agora, falar em atrasar a toma da segunda dose da vacina para permitir que mais pessoas tenham acesso à primeira dose.
A sugestão do vice-almirante Gouveia e Melo evidencia que a cadência de entrega das vacinas não é a ideal. Assim, a ideia será ter mais gente com a primeira dose e atrasar a segunda dose cerca de duas semanas. Resta saber se esse atraso irá prejudicar a eficácia da vacina, uma vez que o intervalo recomendado entre as duas doses é de 28 dias e não outro qualquer. Caberá à Direção Geral de Saúde tomar a decisão.
De acordo com o coordenador do plano de vacinação, a última previsão da chegada de vacinas a Portugal, fornecida pelo Infarmed em 19 de fevereiro, apontava para 2,5 milhões no primeiro trimestre, nove milhões no segundo trimestre, 14,8 milhões no terceiro e, finalmente, 9,5 milhões no quarto trimestre. No entanto, alguns dos laboratórios que estão a produzir as vacinas aprovadas pela União Europeia não estão a conseguir cumprir com as entregas estipuladas, pelo que é possível que a previsão do Infarmed não se concretize.