Dia a dia aumenta o horror do que se passa nos hospitais. Honra aos enfermeiros, médicos e auxiliares que estão lá a fazer frente a um vírus bestial. Todos corremos risco de contágio, mas quem trabalha nos hospitais corre risco maior.
Triste é ver o povo a alinhar com discursos pseudomoralistas a propósito de tudo e de nada. Numa situação de crise aguda, como esta, em que as estruturas de assistência médica estão mesmo a colapsar, há quem insista em por a política partidária à frente de tudo o mais.
Uma crise tão aguda como a que se vive, por exemplo, no Hospital de Torres Vedras que já pediu ao Governo a ativação de ajuda internacional para reforçar o hospital local com cinco médicos e 10 enfermeiros face à evolução da pandemia da covid-19 no concelho.
Isto, enquanto a ministra da Saúde procura meios para enviar doentes para países estrangeiros, porque os hospitais portugueses já não podem mais.
Além dos 291 mortos, o boletim epidemiológico de hoje anuncia mais 6.472 doentes internados – um novo recorde de casos -, mais 52 que ontem, e 765 em unidades de cuidados intensivos (UCI), menos dois do que na segunda-feira.