Confirmam-se as previsões dos especialistas em infeciologia e epidemiologia, os números de mortes por covid-19 continuam a aumentar, hoje há registo de 234 mortes, o maior número de óbitos em 24 horas desde o início da pandemia. Por outro lado, os 13.987 casos de infeção com o novo coronavírus, revelam uma diminuição dos novos casos diários.
O boletim epidemiológico de hoje revela também que estão internadas 5.779 pessoas, mais 149 do que na quinta-feira, das quais 715 em unidades de cuidados intensivos, ou seja, mais 13, dois valores que também representam novos máximos desde o início da pandemia de covid-19, a doença provocada pelo coronavírus SARS-Cov-2.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, Portugal já registou 9.920 mortes associadas à covid-19 e 609.136 infeções pelo SARS-CoV-2.
Relativamente às 234 mortes registadas nas últimas 24 horas, 111 ocorreram em Lisboa e Vale do Tejo, 48 na região Centro, 46 na região Norte, 19 no Alentejo, oito na região do Algarve e duas na região Autónoma da Madeira.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificadas 5.983 novas infeções, na região Norte registaram-se mais 4.270 novas infeções. Lisboa e Vale do Tejo e a região Norte representam 73,3% das infeções a nível nacional.
Provedora de Justiça europeia investiga contratos confidenciais
À medida que a pandemia avança, a vacinação também prossegue. Mas há suspeitas relativamente aos contratos celebrados entre a Comissão Europeia e as várias farmacêuticas que estão a desenvolver e a comercializar as vacinas anti-covid.
A provedora de Justiça europeia, Emily O’Reilly, iniciou hoje uma investigação a esses contratos, na sequência de queixas recebidas por uma organização não-governamental (ONG). Até agora, a Comissão Europeia tem negado acesso público aos termos dos contratos e aos registos das reuniões em que tais contratos foram negociados.
A provedora de Justiça Emily O’Reilly deu um prazo até 11 de fevereiro para o executivo comunitário mostrar essa documentação. Entretanto, depois de muitas pressões por parte de eurodeputados, a Comissão Europeia apenas permitiu acesso ao contrato para a compra da vacina CureVac, mas manteve outros cinco contratos confidenciais.
Segundo um comunicado da Provedoria de Justiça, “o contrato CureVac mostra que a confidencialidade foi inscrita nos contratos”, salientando também que “os lucrativos acordos de compra antecipada que estão a ser negociados na sombra utilizariam dinheiro público para eliminar o risco financeiro e a responsabilidade das empresas farmacêuticas que desenvolvem vacinas covid-19”.
Não está em causa a necessidade de adquirir tais vacinas. Está em causa a transparência do negócio e a certeza de que a compra foi feita ao preço justo.