Aos domingos e segunda-feiras costuma haver uma diminuição nos números reportados no boletim epidemiológico. Porque aos fins-de-semana há menos laboratórios a funcionar e porque a comunicação dos hospitais para a Direção Geral de Saúde também é mais deficiente. Ainda assim, hoje temos o registo de 102 mortes e 7.502 novos casos confirmados de pessoas contagiadas.
O referido boletim regista ainda mais 215 pessoas internadas nas últimas 24 horas, totalizando 3.770, 18 das quais em unidades de cuidados intensivos (558 no total), e estes números são muito superiores ao aumento de sábado, em que houve 104 novos internamentos, quatro dos quais em cuidados intensivos.
A pressão sobre os hospitais vai continuar a aumentar, esse é um dado adquirido. Em resultado disso, a capacidade de atendimento hospitalar a doentes não covid diminuyi drásticamente e mesmo as urgências covid podem atingir pontos de ruptura dentro de um dia ou dois. Já foi noticiado que há hospitais da zona de Lisboa a enviar doentes para internamento em hospitais do Porto.
Lisboa é, neste momento, a região mais afetada pela pandemia. A maior parte dos novos casos (2.752) foi diagnosticada na região de Lisboa e Vale do Tejo, seguindo-se a região Norte, com 2.600 contágios, o Centro (1.362), Alentejo (373), o Algarve (285), a Madeira (67) e os Açores (63).
Das 102 mortes verificadas nas últimas 24 horas, a maioria (39) aconteceu na região de Lisboa e Vale do Tejo, 27 foram no Norte, 25 no Centro, sete no Alentejo e quatro no Algarve.
Na próxima terça-feira o Governo reúne no Infarmed com especialistas em epidemiologia e responsáveis técnicos do setor da Saúde e irá decidir as regras e a amplitude do novo confinamento, com base nas informações recolhidas e na opinião proferida pelos especialistas.