“Casa de saída” para ex-reclusos, em Oeiras

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Oeiras vai ter uma “casa de saída” para aqueles que cumpriram pena de prisão e que, quando saem, não têm para onde ir. São conhecidos os casos de pessoas que ficam a dormir no banco de jardim em frente à cadeia onde cumpriram pena, por não saberem para onde ir, por não terem família, por não terem qualquer “porto de abrigo”. Há dias foi denunciado pela Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso (APAR) que uma senhora tinha sido libertada com 10 euros no bolso e sem ter para onde ir.

A intenção está em vias de se concretizar, o edifício existe e está já a ser adaptado para poder albergar 7 a 10 pessoas. Será um espaço comunitário, apoiado quer pela Câmara Municipal quer por outros organismos que se juntem a este projeto. O projeto foi hoje falado pelo próprio Presidente da Câmara, Isaltino Morais, quando participava na conferência dominical da APAR via zoom.

Segundo disse o autarca, a casa é em Caxias e as obras estão em curso. A autarquia está a negociar um acordo de cooperação com o Ministério da Justiça e, segundo acredita Isaltino, a casa abrirá portas em 2022. A concretizar-se, será a segunda casa abrigo para ex-reclusos a abrir em Portugal, desde que a Associação O Companheiro foi criada em 1987.

A Câmara Municipal de Oeiras disponibiliza o edifício e assume as obras de adaptação necessárias e, se for preciso, garantiu Isaltino Morais, pagará todas as despesas de manutenção e gestão do projeto que, no entanto, terá de ser entregue a uma associação que se dedique a esta causa. Isaltino disse acreditar que a Segurança Social poderá ter uma comparticipação na sustentação financeira da casa.

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