Mais uma manifestação do setor da hotelaria, desta vez uma manifestação de trabalhadores organizada pela Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT), afeta à CGTP-IN. O movimento “A pão e água” não esteve presente, muito menos o chef cozinheiro Ljubomir.
Assim, sem patrões à vista, cerca de uma centena de trabalhadores dos restaurantes, hotéis, cafés, pastelarias e similares manifestaram-se hoje, em frente ao Ministério do Trabalho, em Lisboa, para exigir apoios diretos aos trabalhadores e não só às empresas e pela reabertura imediata de estabelecimentos.
“Para os patrões são milhões, para os trabalhadores só tostões”, gritaram os manifestantes, que aprovaram, por unanimidade e com aclamação, uma moção que foi entregue no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, onde exigem “apoio direto aos trabalhadores que foram ou são penalizados nos seus rendimentos mensais”.
A pandemia veio desregular a relação laboral neste setor, hoje há milhares de trabalhadores em situação e completo desamparo social e sob chantagem dos empresários. Segundo a CGTP-IN existem muitos casos de trabalhadores que estão sem receber os salários de março e abril, alguns nem o salário de fevereiro receberam e, todos estes trabalhadores estão sem qualquer proteção social, há empresas que reabriram com redução do horário de trabalho ou lay-off, mantendo uma brutal redução salarial dos trabalhadores, há empresas que reabriram, mas até à presente data, não pagaram os salários em atraso, há empresas que estão a fazer chantagem com os trabalhadores dizendo que só reabrem se os trabalhadores forem trabalhar sem receber os salários em atraso, entre outras tropelias de autoria do patronato.