Foguetes anunciam droga em Lisboa

Todas as noites na zona oriental de Lisboa há fogo de artifício e petardos. PSP anda numa roda-viva.

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Todas as noites, na zona Oriental de Lisboa, é estourado fogo de artificio, como se estivéssemos em festa permanente. Ou como nos velhos tempos do Casal Ventoso, quando se anunciava a chegada de droga fresquinha.

A PSP de Chelas, de Marvila, da Expo e o próprio comando em Moscavide têm andado numa roda-viva à procura dos foliões. Os fogueteiros também estouraram petardos de forma aleatória. Com tantos estouros, telefona-se para a PSP e o telefone está ocupado. A resposta é sempre igual “já sabemos, obrigado, estamos a actuar”

Os tempos são de grande crise. A pandemia trouxe a ruína a muitos negócios, famílias e pessoas. Aumentaram os actos desesperados, as mortes não explicadas, algumas mencionadas no facebook. “Adeus”, “Até Sempre” ou “Descansa em Paz”.

Minutos depois da foguetada, lá vemos os policiais encavalitados aos pares em motas velozes e os carros sem distintivos, sempre com quatro ocupantes, os “furões”.

O negócio das drogas duras não é igual ao tabaco, que mata lentamente com apoio do Serviço Nacional de Saúde. A droga destrói de imediato o tecido social de um país. E desgraça as famílias de forma irremediável .

É um mau sintoma, o foguetório de todas as noites na zona Oriental de Lisboa. As drogas duras estão a invadir a cidade, a atingir as famílias, a derrubar homens e mulheres.

Resta-nos a fé na PSP. Mas é uma polícia muito mal paga e explorada nas horas de serviço excessivo. E sem meios eficazes para combater o polvo. O pouco investimento na PSP e o não reconhecimento do seu esforço meritório têm consequências graves, aparentemente invisíveis.

2 COMENTÁRIOS

  1. Só mentes muito criativas acreditam ainda nesta “fábula” dos foguetes a anunciar a chegada de droga. Há mais de 20 anos que a oiço e não posso deixar de sorrir.
    São de facto zonas onde se faz tráfico há dezenas de anos e onde em determinadas alturas há “foguetório” todos os dias.
    Fazer a relação entre as duas coisas e achar que a polícia vai atrás do tráfico de acordo com o som dos pretensos foguetes (muitas vezes serão tiros de caçadeira, bombas de carnaval, petardos, etc) é um bocadinho pueril de mais para ser escrito numa publicação que pretenda ser minimamente credível.

  2. Clara Flores como diz ha uma relação entre certas zonas e o foguetorio. Que é diário e em bairros onde o dinheiro é pouco. Entre as 21 e as 23 horas.
    Quando se escreve, só se diz o que se conhece. É uma regra no jornalismo.
    O foguetorio anuncia a droga e os petardos as zonas. Venha para o lado Oriental e ouvirá todas as noites. É alias uma praga esperada e compreensivel. Um escape mau à crise q a pandemia agravou dramaticamente.
    Mas q necessita de ser substituída por ajuda social e psicologica. Caso contrario é uma mancha de azeite.
    Abraço

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