Covid-19: 79 óbitos e nunca se morreu tanto em Portugal

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O boletim epidemiológico de hoje regista mais 79 mortos e 4.935 novos casos de covid-19. Ou seja, os números continuam bastante altos. Desde o início da pandemia, Portugal já registou 4.803 mortes e foram detetados 312.553 casos da doença.

Relativamente aos internamentos hospitalares, o boletim da Direção Geral de Saúde revela que estão internadas 3.295 doentes, menos 35 do que ontem, dos quais 526 em cuidados intensivos, mais um.

INE revela maior número de mortes desde 2005

O que aumentou bastante foi o registo de mortes desde que surgiu a pandemia. Nas últimas quatro semanas esse aumento foi 1,24 vezes superior aos valores dos últimos cinco anos em período homólogo, com o norte a apresentar o maior aumento desde o início da pandemia, segundo o Instituto Nacional de Estatística.

Quase dois em cada três municípios (em 199 dos 308) registaram mais mortos entre 26 de outubro e 22 de novembro do que o valor médio entre 2015 e 2019, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística hoje divulgados.

Nestes 199 municípios vivem 83% da população nacional. E é aqui que se encontram os 70 municípios, onde o número de óbitos foi 1,5 vezes superior ao registado no período de referência.

Os casos mais dramáticos encontram-se num grupo de 15 municípios contíguos das sub-regiões Tâmega e Sousa, Ave e Área Metropolitana do Porto, segundo os dados do INE.

Desde março, quando surgiram os primeiros casos de covid-19 no país, Portugal tem vindo a registar invariavelmente mais mortos do que o valor médio registado entre 2015 e 2019.

As quatro semanas mais negras foram entre 6 de julho a 2 de agosto, quando o número de óbitos foi 1,3 vezes superior ao do período de referência.

Segundo a análise do INE, nas últimas quatro semanas registou-se o segundo maior aumento de mortos por comparação com as médias dos anos anteriores: foi 1,24 vezes superior.

Este aumento nos óbitos está diretamente relacionado com o covid-19. Ou foram mortes provocadas pela doença ou foram mortes provocadas por ausência de tratamento a outras doenças devido à quase exclusividade dedicada ao covid-19 de muitos serviços de Saúde, desde os centros de saúde locais aos hospitais centrais.

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