Ópera, 500 anos a (en)cantar

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Esgotou em 24 horas a gala de ópera no Palácio de Queluz, palco natural para espetáculos grandiosos. É no próximo dia 12, às 21 horas. É das poucas coisas gratuitas em Sintra e as pessoas aproveitam. Não há mais lugares disponíveis.

O elenco promete. Patrycja Gabrel, soprano, Patrícia Quinta, meio soprano, Marco Alves dos Santos, tenor, e o barítono Luís Rodrigues,  com Francisco Sassetti ao piano. A República tem feito pouco por este fascinante espetáculo, que enche a alma de quem é letrado. Já a Monarquia promoveu-o até à exaustão com má sorte.

Em Salvaterra de Magos, D. José I mandou construir o Real Teatro de Ópera, hoje totalmente desaparecido. Um projecto do arquitecto Giovanni Bibiena, responsável por um outro teatro ligado ao Palácio da Ajuda. Bibiena construiu ainda a faustosa Ópera Tejo, no Terreiro do Paço. Inaugurado em 31 de Março de 1775. Foi destruído 7 meses depois, pelo terramoto que arrasou Lisboa.

Depois do terramoto de 1775, a Ópera de Lisboa, gravura do século XVIII

O edifício seguia pela rua dos Arsenal e muitos dos seus arcos e estruturas são visíveis nas actuais construções. Aline Gallasch-Hall defendeu com mérito a saída dos serviços burocráticos da Rua do Arsenal e a requalificação do enorme espaço para um museu das óperas. Ali ficaria todo o espólio e guarda roupas do S. Carlos, que corre o risco de se perder. É uma ideia actual e daria trabalho a muita gente. Coisa que é urgente. Seria um orgulho para Lisboa. A arte é o pulsar do coração das cidades. Sintra faz por isso no Palácio de Queluz.   

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