Alunos, funcionários e professores da EB 2 da Venda do Pinheiro não serão testados para rastreio do covid-19 nem mesmo depois de terem estado em contacto com pessoas com essa doença. É o que tem acontecido nos últimos dias, com três casos de covid-19 durante esta semana que acaba agora.
A informação que chega a casa dos pais e encarregados de educação também é escassa. A comunicação da escola limita-se a referenciar que há mais um caso, sem acrescentar nada mais de substantivo quanto à situação que o surgimento de mais casos de covid-19 provoca na escola. A informação fornecida pela escola não especifica se se trata de aluno, funcionário ou professor infetado.
Não há alunos nem professores testados, como se o uso de máscara fosse o suficiente para evitar contágios. Sob anonimato (para evitar chatices com a direção da escola), um funcionário disse que “parece que nem os professores têm direito a testes, porque, segundo a Delegada de Saúde de Mafra, estão sempre com máscara ao pé dos alunos” acrescentando que “acho que andam a brincar com a saúde dos professores, dos alunos e das famílias de todos.”
Em ambiente escolar a propagação do coronavírus está facilitada. As salas de aula continuam cheias como estavam antes da pandemia, nos recreios continua tudo à molhada nas brincadeiras habituais e nas jogatanas de futebol, imaginamos que nada mudou nas salas de professores onde eles se concentram nos intervalos e, muitas vezes, onde aproveitam para comer alguma coisa (e tiram a máscara).
Dentro desta escola estão mais de mil pessoas, entre alunos, funcionários e professores. Com três casos de covid-19 numa semana, talvez tivesse sido mais prudente rastrear pelo menos quem tenha estado em contacto direto com essas pessoas.