O massacre continua. Hoje há registo de mais 73 mortes e 4.788 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde. Mas a tendência parece ser para diminuir, excepto no que diz respeito aos internamentos.

O que o gráfico mostra é que desde o dia 19 que não há aumento de novos casos de infeção e que parece existir uma tendência para diminuir esse número. As previsões dos técnicos de Saúde apontam no sentido inverso. Veremos o que acontece nos próximos dias.
Portugal está perto de atingir a fasquia das 4 mil mortes, o que deverá acontecer dentro de uma semana aproximadamente, se a propagação da pandemia mantiver os níveis altos dos últimos dias.

Este gráfico indica que não tem havido grande oscilação no número de mortes que se tem situado entre as sete dezenas e as nove dezenas diárias, mas que os internamentos em unidades de cuidados intensivos estão sempre a aumentar. É este dado que demonstra a pressão que existe nos hospitais, onde não há muitas camas dedicadas a este tipo de urgência. Não basta haver uma cama para um doente que deixa de ter função respiratória. São precisos muitos equipamentos e técnicos capazes de os operar.
A DGS indica que, das 73 mortes registadas nas últimas 24 horas, 39 ocorreram na região Norte, 20 na região de Lisboa e Vale do Tejo, 12 na região Centro e duas no Alentejo.
Relativamente aos internamentos hospitalares, o boletim indica um aumento nos internamentos em enfermaria, totalizando 3.151, mais 126 do que no sábado, e também nos cuidados intensivos, onde estão 491 pessoas, mais seis que ontem.
A região Norte é a que regista o maior número de novos casos, com 3.091 reportados nas últimas 24 horas. Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 844 novos casos de infeção.