Números da pandemia um pouco mais baixos que ontem, exceptuando os internados em unidades de cuidados intensivos que não param de aumentar. Assim, segundo o boletim da DGS, nas últimas 24 horas registaram-se 61 mortos e 6.489 novos casos de infeção com o novo coronavírus.
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 3.762 mortes. A DGS indica que das 61 mortes registadas nas últimas 24 horas, 33 ocorreram na região Norte, 15 na região de Lisboa e Vale do Tejo, 12 na região Centro e uma no Algarve.
Em todo o território nacional, há 3.079 doentes internados, mais 62 que ontem, e 481 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais 23 do que na quinta-feira, um novo recorde.
477 escolas com covid-19
A situação nas escolas é preocupante, são 477 surtos ativos de infeção em escolas a nível nacional. O Governo não admite, de momento, antecipar as férias de natal dos alunos. “Não nos parece que as escolas sejam focos de grande intensidade”, referiu António Lacerda Sales, secretário de Estado da Saúde na conferência de imprensa de acompanhamento da pandemia da covid-19 de hoje.
O secretário de Estado da Saúde indicou que há 291 surtos em escolas na região de Lisboa e Vale do Tejo, 72 na zona Centro, 58 na zona Norte, 29 no Alentejo e 27 no Algarve. Estes números incluem estabelecimentos de todos os níveis de ensino, públicos e privados, desde creches a instituições de ensino superior, esclareceu mais tarde a Direção-Geral da Saúde. Turmas ou escolas só fecham “caso a autoridade de saúde o entenda, de acordo com a estratificação do risco”, esclareceu o governante.
Prolongado Estado de Emergência
O parlamento autorizou hoje o Presidente da República a declarar a renovação do estado de emergência em Portugal a partir de terça-feira para permitir medidas de contenção da covid-19, com votos a favor de PS e PSD. Votaram contra esta renovação do estado de emergência PCP, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira. BE, CDS-PP e PAN abstiveram-se, enquanto a deputada não inscrita Cristina Rodrigues votou a favor.
Em relação à votação de há quinze dias, mudaram de posição o CDS-PP – até agora tinha votado sempre a favor e hoje absteve-se – e o Chega, que votou a favor na primeira declaração do estado de emergência, em março, e se absteve nas restantes, ‘estreando-se’ hoje no voto contra.