Covid-19: 37 mortes e feirantes sem trabalho e sem pão

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O boletim epidemiológico de hoje da Direção Geral de Saúde contabiliza mais 37 mortos e 3.062 novos casos confirmados de infeção covid-19.

Das 37 mortes registadas, 20 ocorreram na região Norte, 12 em Lisboa e Vale do Tejo, três no Centro e duas no Alentejo.

Há dois dias que os números relativos a novas infeções estão a baixar, embora se mantenham elevados, assim como se verifica igualmente uma ligeira tendência de diminuição do número de mortes.

Em relação aos internamentos, o número de pessoas hospitalizadas continua a subir há cerca de duas semanas, sendo agora 2.122 pessoas, mais 150 do que no sábado.

Nas últimas 24 horas são menos dois os doentes internados nas Unidades de Cuidados Intensivos, totalizando 284.Mas a subida foi acentuada durante toda a semana e é pouco provável que este índice vá baixar já.

Feirantes prometem luta

O presidente da Federação Nacional das Associações de Feirantes acusou hoje o Governo de “tirar o pão aos feirantes” por proibir, a partir de quarta-feira, as feiras em 121 municípios no âmbito das medidas para travar a pandemia. Com esta proibição, “fecham as feiras e mandam os portugueses para recintos fechados até às 22:00”, afirmou Joaquim Santos, considerando que “esta decisão é uma vergonha num país democrático”. Segundo este dirigente associativo, a atividade envolve um número muito acima das 200 mil pessoas.

Em declarações à agência Lusa, Joaquim Santos, acusou o Governo de “deixar ficar para trás milhares de feirantes” e prometeu “uma grande surpresa em Lisboa na próxima semana”, precisando que “vão pedir para trabalhar”. Joaquim Santos afirmou que a decisão do Governo é “lamentável e discriminatória”, representará “uma aniquilação da atividade” e terá “consequências gravíssimas, uma verdadeira pandemia social”, entre os feirantes.

“Só sairemos de Lisboa quando tivermos a certeza que podemos feirar”, disse.

Duas outras medidas aprovadas no sábado abrangem todo o território continental e não apenas estes 121 concelhos: limitação de grupos de seis pessoas nos restaurantes e prolongamento da situação de calamidade por mais duas semanas.

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