“Eco” Medina recandidata-se a Lisboa

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As eleições autárquicas ainda vêm longe, mas nas autarquias já se perfilam defensores e atacantes do “castelo”.

Em Lisboa, por exemplo, Fernando Medina já anunciou que se recandidata. Acabaram-se as dúvidas. E até já anunciou algumas das políticas com que pretende aliciar os eleitores, nomeadamente a criação de áreas exclusivamente pedonais, sem trânsito automóvel. Medina quer uma cidade mais ecológica, de ar mais limpo, ajardinada e com ciclovias.

Numa entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), Medina fala que o “limite à circulação na Baixa e Chiado avança no próximo mandato”. A medida constará do programa eleitoral, “porque é de facto uma medida importante”. Em causa está a Zona de Emissões Reduzidas cujo objetivo é diminuir a poluição atmosférica no centro da cidade. O objetivo de Lisboa é chegar a 2030 com uma redução de 60% nas emissões de CO2, mas Fernando Medina admite que é preciso “acelerar a transformação da cidade”. “Temos de acelerar a construção de uma cidade diferente, de uma cidade mais sustentável e com melhor qualidade de vida”, defende.

O projeto, de resto, já existe, mas Medina decidiu adiá-lo e volta a usar a mesma promessa para a próxima campanha eleitoral. O adiamento é justificado devido aos constrangimentos provocados pela pandemia covid-19: “esse projeto, decidimos não avançar com ele neste momento da pandemia, porque temos uma cidade ainda muito perturbada, com o comércio e a restauração, muita gente ainda em teletrabalho”.

De todas as propostas que Medina pode levar para a sua campanha eleitoral, as que mais anticorpos produzem são as que tornam a cidade mais difícil para a mobilidade automóvel. Os críticos de Medina dizem que as ciclovias são um erro, porque atrofiam as vias dedicadas ao tráfego automóvel sem benefício para os habitantes da cidade.

As eleições autárquicas de 2021 irão ser realizadas em setembro ou outubro.

1 COMENTÁRIO

  1. Quem atrofia as vias para os automóveis não são as ciclovias ou não haveria antes atrofias… quem de facto atrofia as vias são exactamente os elefantes e não as formigas. 1550 km de estradas para 200 de ciclovias…

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