Vieira retira António Costa e Fernando Medina da comissão de honra

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Antonio Costa e Fernando Medina foram afastados da lista da comissão de honra da candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica.

Em comunicado, Luís Filipe Vieira diz que “nos últimos quatro dias, António Costa, Fernando Medina e muitos outros foram atacados de forma incompreensível e torpe, não pelo apoio que enquanto sócios do Sport Lisboa e Benfica entenderam dar-me, como já o tinham feito em 2012 e 2016 sem que se tenha assistido a qualquer tipo de alarido, mas, precisamente, pela perceção pública que, de forma concertada, os media foram construindo, deturpando e usando como catalisador de uma campanha populista de difamação.”

Pena que esta acusação não tenha sido concretizada, uma vez que seria interessante saber quem paga essa campanha de difamação, que interesses a acionam. Mas Luís Filipe Vieira não foi por esse caminho.

 A exclusão de António Costa e Fernando Medina foram, de resto, justificadas pelo prejuízo que o Benfica estaria a sofrer por causa de lutas políticas a que o clube é alheio.

“Como é meu dever, tenho de agradecer a todos os benfiquistas que até agora decidiram manifestar-me o seu apoio, mas não posso permitir que instrumentalizem o Sport Lisboa e Benfica e a minha comissão de honra em lutas políticas que nada têm que ver com o Clube a que presido e a cuja presidência serei recandidato,” escreveu Luís Filipe Vieira.

“Nesse sentido, e agradecendo a todos a disponibilidade manifestada, tomei a iniciativa de retirar da minha comissão de honra todos – todos – os titulares de cargos públicos, sejam autarcas, deputados ou membros do Governo.”

Quando a polémica estalou, António Costa tentou distanciar o primeiro-ministro do cidadão. Um artifício que não foi suficiente para calar os argumentos de indignação dos adversários políticos. É verdade que, na maioria dos casos, os indignados são uns farsantes, eles próprios capazes de fazer o mesmo sem qualquer prurido. Tudo depende das circunstâncias.

Neste caso, Luís Filipe Vieira está sob investigação judiciária, celebrizou-se talvez mais pelos esquemas financeiros em que se meteu, contribuindo para os calotes do BES, do que propriamente por ser presidente do maior clube de futebol português. Ou seja, nas atuais circunstâncias que envolvem o candidato benfiquista, não será prudente dirigentes políticos expressarem-lhe apoios que acabam por transmitir a ideia de que existem compadrios e promiscuidades entre a política desses políticos e os negócios deste candidato à presidência do Benfica.

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