Porteiro do SIS apanhado a dormir em serviço

Eles sabem tudo, escutam todos. Eles conhecem os contornos do negócio dos imóveis vendidos a granel com prejuízo para o Novo Banco. Sabem os nomes dos que se escondem no arbusto.

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A venda de milhares de imóveis do Novo Banco ao desbarato  é um caso para os serviços secretos portugueses. O SIS nasceu com uma mãozinha do MI-5 inglês e da Mossad israelita e é uma agência muito considerada internacionalmente.

O negócio do Novo Banco é um escândalo para centenas de milhar de portugueses que não conseguem pagar as rendas ou as prestações das suas casas. E também não conseguem perceber o rasto internacional do dinheiro.

Até agora o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, disse pouco ou nada sobre o assunto. E a ministra da Justiça Francisca Van Dunem fez o mesmo.

A mim, explicaram-me ter sido necessário vender ao deus-dará os imóveis do Novo Banco para libertar uma espécie de paridades. E todos rimos. Eu e quem me contou.

O sector bancário tornou-se opaco. Tem custado rios de trabalho aos portugueses a troco de umas tiras de papel. Trabalha-se mais horas e paga-se mais impostos para tapar buracos.

O património do Novo Banco foi vendido, segundo consta, a um accionista… do Novo Banco (um fundo de pensões americano) que pediu crédito ao… Novo Banco.

Champalimaud terá feito o mesmo quando regressou ao leme do Banco Pinto e Sotto Mayor, que já desapareceu.

Secretas seguem negócios de empresas

Têm-se afirmado que não se sabe quem são os verdadeiros accionistas do tal fundo americano.

Em boa verdade, não há governo que tome decisões sobre Bancos sem ouvir o seu conselho de segurança. Em Portugal nessa mesa sentam-se GNR, Polícia Judiciária, PSP, SEF e obviamente o SIEDM (Serviço de Informações Estratégicas e Defesa) e o SIS (Serviço de Informações e Segurança).

Os serviços secretos podem não ter abordado o assunto com clareza na reunião, mas Adélio Neiva da Cruz (director do SIS) já terá esclarecido muito claramente o primeiro-ministro.

Os serviços secretos não toleram sequer a prática comum dos double-x, agentes duplos, sempre muito úteis. Leia-se John Le Carré, em “O Espião que veio do frio”. Terá sido o caso de Frederico Carvalhão Gil que se tramou ao enfiar-se numa marosca com os russos.

Os israelitas e os ingleses têm estado presentes, ao que consta, na venda e compra de empresas portuguesas a estrangeiros. Mantêm o cordão umbilical, importantíssimo para a nossa inteligência.

As escutas estão centradas no Echelon

As relações económicas são, desde há muito, o verdadeiro objectivo das secretas em todo o mundo. Paulo Portas foi até mais longe. Pediu aos diplomatas para serem “antenas” de Portugal em qualquer país onde pusessem os pés.

Não existe nada que tenha acontecido, aconteça ou vá acontecer sem conhecimento da comunidade. A economia escapou ao controle político em todo o mundo, mas não escapa ao controle da comunidade das secretas.

O mundo está todo sobre escuta. Nos telefones, sms e internet. O gigantesco big-wacth tem um dos vértices no projecto Echelon. Uma rede de vigilância global operada pelos signatários do Tratado de Segurança UK-USA. A BBC confirmou a existência do projecto e das sofisticadas instalações, há 21 anos. E há 10 anos o eurodeputado Carlos Pimenta fez perguntas sobre o Echelon. Sem resposta.

Eles sabem tudo, escutam todos. Eles conhecem os contornos do negócio dos imóveis vendidos a granel com prejuízo para o Novo Banco. Sabem os nomes dos que se escondem no arbusto. E se disserem que não sabem, a culpa será então do porteiro do SIS, apanhado a dormir em serviço.

Poderemos estar perante uma operação de auto-financiamento de secretas internacionais. É uma tese de conspiração. Mas a realidade ultrapassa sempre a ficção.

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