Passam hoje seis meses sobre o registo dos primeiros dois casos de infeção por covid-19 em Portugal.
Desde então, a situação já foi considerada alarmante, passou a esperançosa e agora é preocupante.
Portugal regista hoje mais três mortos e 390 novos casos de infeção por covid-19, segundo o boletim epidemiológico diário da Direção-Geral da Saúde. Os dados fornecidos indicam que as três vítimas mortais foram registadas na região de Lisboa e Vale do Tejo, que já contabiliza 671 mortos por covid-19.
Segundo foi dito pela ministra da Saúde, Portugal tem neste momento 177 surtos ativos de covid-19, 86 dos quais no Norte, onde nos últimos dias se registou um número crescente de surtos epidémicos. Os restantes surtos dividem-se da seguinte forma: nove no centro, 61 na Região de Lisboa e Vale do Tejo, nove no Alentejo e 12 no Algarve.
A maioria dos índices relativos à epidemia estão com tendência a subir, caso do índice de transmissibilidade (RT) apurado entre 24 e 28 de agosto que registou “uma tendência ligeiramente crescente”. Este índice já esteve abaixo de 1 e agora é de 1,16, segundo Marta Temido.
Sobre o futuro, a ministra disse que “hoje estamos mais preparados para enfrentar um eventual recrudescimento da pandemia. Temos mais recursos, mais organização e mais experiência”.
Ficam os cidadãos descansados com estas palavras? Acreditamos que não, mas enquanto não houver uma vacina ou tratamento eficaz, a responsabilidade na prevenção dos contágios continua a ser de todos. Além das regras definidas pelas autoridades sanitárias, todos devemos ter bom-senso e noção das responsabilidades.