O estado de contingência foi prolongado até 14 de outubro, por decisão do Conselho de Ministros de hoje.
A decisão do Governo será, no entanto, reavaliada pelo executivo dentro de duas semanas, então já com uma análise mais aprofundada sobre o impacto das primeiras semanas de aulas nas escolas.
Portugal em grupo de “tendência preocupante”
A decisão teve em conta o aumento paulatino dos índices da pandemia nas últimas cinco semanas. Os mesmos dados foram entendidos pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) que colocou Portugal num grupo de Estados com “tendência preocupante” de casos de COVID-19.
O ECDC reconhece que os casos positivos de infeção covid-19 aumentaram de forma sustentada em toda a União Europeia desde agosto, o que demonstra que “as medidas tomadas nem sempre foram suficientes para reduzir ou controlar a exposição”, advertindo que “é por isso crucial que os Estados-membros implementem todas as medidas necessárias aos primeiros sinais de novos surtos”.
Segundo o Centro, intervenções não farmacêuticas tais como distanciamento físico, higiene e uso de máscaras revelaram-se insuficientes para reduzir ou controlar a exposição ao coronavírus.
Ainda assim, a diretora do organismo, Andrea Ammon, afirmou que, “até haver uma vacina segura e eficaz disponível, estas medidas continuam a ser a principal ferramenta de saúde pública para controlar e gerir os surtos” de covid-19.
Portugal é colocado no subgrupo com tendência preocupante, onde estão incluídos a Áustria, Dinamarca, Estónia, França, Irlanda, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Eslováquia, Eslovénia e ainda o Reino Unido.
De acordo com a avaliação do ECDC, os Estados que apresentam atualmente um risco mais elevado são a Bulgária, Croácia, República Checa, Hungria, Malta, Roménia e Espanha.
A Europa acaba de ultrapassar o número de 5 milhões de pessoas infetadas.