Xana Cabeleireiro

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O gesto ficou em suspenso, a escova numa mão e a chapinha alisadora na outra. As marcações foram canceladas, os fornecimentos adiados.

Cinquenta e dois dias de porta fechada, à espera. E os salários? E a renda da loja? E as contas da água, do gás, da electricidade, que se pagam sempre com um mês ou dois de atraso? E o futuro? E a saúde? E as clientes?

Reabriram com novas regras de distanciamento, de gestão do negócio. Agora, só com marcação e em lojas mais pequenas o espaço mal chega para uma ou duas clientes de cada vez. Mais as luvas, as máscaras, as telas, o gel.

E na caixa registadora? Pouco, mas pouco sempre é melhor que nada.

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