Aurora Negra é um espetáculo que vai subir ao palco do Teatro Nacional D.Maria II, de 3 a 13 de setembro.
Em Aurora Negra, o canto começa na voz de uma mulher que fala. Fala crioulo. Fala tchokwe. Fala português. Em cena três corpos, três mulheres na condição de estrangeiras onde são faladas essas três línguas. Em cada mulher uma essência, personalidade e trajetória que se cruzam com a certeza de que nada voltará a ser igual. Nesta Aurora Negra, buscam as raízes mais profundas e originais dessas culturas celebrando o seu legado e projetando um caminho onde se afirmam como protagonistas das suas histórias.
Trata-se do espetáculo vencedor da segunda edição da Bolsa Amélia Rey Colaço. Uma performance que nasce da constatação da invisibilidade a que os corpos negros estão sujeitos nas artes performativas. E mais não dizemos, não queremos ser “spoilers” e preferimos que a sala encha dentro dos limites definidos pelas novas regras de saúde pública.
A Bolsa Amélia Rey Colaço destina-se a apoiar a produção de espetáculos de jovens artistas e companhias emergentes com o intuito de promover a renovação da criação teatral portuguesa. Esta iniciativa tem como objetivos principais:
1- Contribuir para um aumento do acesso de jovens artistas e novas companhias de teatro a meios de produção fundamentais
2- Promover o espaço da pesquisa nos processos de produção e criação teatrais
3- Contribuir para a consolidação do corpo de trabalho de companhias e artistas emergentes
4- Promover e incentivar a criação de novas dramaturgias
5- Promover o alargamento de públicos e o reconhecimento do trabalho de novos artistas e companhias
Na primeira edição, o projeto vencedor foi Parlamento Elefante, que esteve em cena em 2019. Na segunda edição, o projeto vencedor foi Aurora Negra, que será agora apresentado no D. Maria II.