De repente, sem aviso, sem dó nem piedade, fecharam-lhes as portas porque era preciso salvar o Mundo. Mas aquele pequeno Mundo de quatro funcionários e meia dúzia de fornecedores foi condenado à morte.
Perderam tudo, quase tudo. Se não faziam pão, não podiam estar de porta aberta. E mesmo assim, só comida para fora. Os restaurantes típicos nunca se adaptaram às modernices do take-away, não estavam preparados para tal.
Prometeram-lhes ajuda, mas a burocracia e o preço do dinheiro matam essa ajuda. Centenas de pequenos restaurantes já morreram de covid-19, mas são vítimas que não constam dos relatório da Direção Geral de Saúde.
Outros resistem e vivem da esperança de que isto tudo passe e a vida volta a ser o que já foi. Bastante improvável, mas só quem viver verá.