Medina diz que a pandemia pode ser boa para reestruturar a cidade

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O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, considerou hoje que as dificuldades criadas pela pandemia de covid-19 podem ser transformadas em oportunidades para resolver problemas, como o acesso à habitação, congestionamento e poluição.

“Uma das principais propostas que estamos a trabalhar e a avançar neste período da pandemia é precisamente aproveitar a oportunidade que nos é dada pela dificuldade, que é o facto de os alojamentos locais não terem hoje clientes em número significativo, para alugarmos, arrendarmos esses alojamentos, para depois os podermos subarrendar a famílias das classes médias e aos jovens”, afirmou o autarca, citado pela Lusa.

“Nós não podemos sair desta pandemia com os mesmos problemas que tínhamos à entrada da pandemia, sejam os problemas do congestionamento, da poluição, sejam os problemas pesados no acesso à habitação”, defendeu Fernando Medina.

De acordo com o autarca, a CML está a “tentar transformar o que era uma realidade da cidade – muitas casas afetas a alojamento local” – que, neste momento em que o turismo vive tempos difíceis, estão sem ocupação e com os seus proprietários também em dificuldades.

“Ora o que nós estamos a fazer é tentar transformar esta dificuldade numa oportunidade. De quê? De termos mais gente a viver na cidade, mais jovens, mais classes médias, uma cidade mais coesa, mais solidária com mais pessoas a viver dentro do centro da cidade de Lisboa”, sublinhou Fernando Medina.

Promover a habitação no centro da cidade é também, segundo o presidente da CML, uma forma de reduzir os movimentos pendulares e, consequentemente, a poluição, uma vez que as pessoas passam a utilizar menos o carro, deslocando-se a pé, de transportes públicos ou mesmo de bicicleta.

O autarca defendeu ainda a necessidade de se desenvolver um tipo de turismo sustentável, “compatível com a vida da cidade”, com os residentes, com os que nela trabalham e com o ambiente.

O autarca admitiu que o turismo de cidade pode continuar a sentir os efeitos da pandemia até que haja uma vacina ou medicamentos adequados.

Para Fernando Medina, a recuperação deste setor de atividade será “ténue”, uma vez que depende do sentimento de confiança das pessoas e, muitas vezes, da utilização do transporte aéreo.

Não é a primeira vez que o presidente da autarquia lisboeta se refere a este plano.

3 COMENTÁRIOS

  1. Quanto custa a bicicleta de Fernando Medina. É bom ver os catálogos. Esta bicicleta é coisa para mais de 2000 mil euros. Basta ver o quadro com bateria incorporada.

  2. Olhei com mais atenção e verifico que tem traões de disco e amortecedores. Um luxo. Seria bom o 2linhas perguntar ao presidente qual é a marca da bicicleta e modelo. Estamos mesmo a ver as familias lisboetas a comprarem duas bicicletas destas e a levarem os filhos na mochila para a escola e depois seguirem para o trabalho e a deixarem as bicicletas estacionadas… na rua.

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