Covid-19: três mortes e 63 milhões €

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O relatório diário da Direção Geral de Saúde sobre a evolução da pandemia covid-19, regista hoje mais três mortes e 203 novos casos de infeção, em relação a terça-feira.

As três mortes foram registadas em Lisboa e Vale do Tejo e as três vítimas tinham mais de 80 anos.

Nas últimas 24 horas, o número de pessoas internadas subiu para 403, mais uma do que na terça-feira, e nos cuidados intensivos estão agora 43 pessoas (mais duas).

Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos (total de 1.159), mas há mais infetados na faixa etária entre 40 e 49 anos (8.370 no total).

Sem dinheiro não há remédio

Entretanto, e com os olhos postos nos vários laboratórios espalhados pelo Mundo que estão a desenvolver e a testar vacinas para o covid-19, o grande negócio das farmacêuticas teve início.

Segundo revelou hoje a comissária europeia da Saúde, a senhora Stella Kyriakides, a União Europeia vai assegurar tratamentos com Remdesivir no espaço europeu, após este medicamento antiviral ter sido autorizado para combater a doença covid-19.

A Comissão Europeia firmou um contrato de 63 milhões de euros com a farmacêutica Gilead, para garantir doses de tratamento de Veklury, a marca comercial da Remdesivir, depois de este ser sido o primeiro medicamento autorizado a nível da UE para o tratamento da covid-19.

Assim, revelou a comissária da Saúde, “a partir do início de agosto, e a fim de satisfazer necessidades imediatas, serão disponibilizados aos Estados-membros e ao Reino Unido lotes de Veklury, com a coordenação e o apoio da Comissão”.

A questão é que estes 63 milhões de euros apenas chegam para tratar cerca de 30 mil pacientes que apresentam sintomas graves de covid-19. Ou seja, será necessário multiplicar várias vezes 63 milhões de euros para que cada Estado membro da União Europeia tenha stock suficiente para tratar as respetivas populações, caso a pandemia se agrave como, de resto, tem estado a acontecer um pouco por todo o lado. A quantas doses têm os portugueses direito?

Desde que o novo coronavírus foi detetado na China, em dezembro do ano passado, a pandemia da doença covid-19 já provocou mais de 660 mil mortos e infetou mais de 16,7 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo o balanço mais recente feito pela agência de notícias France-Presse.

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