Covid-19: + sete mortos, nenhum inglês

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Sete mortes e 313 novos casos de infeção por covid-19 nas últimas 24 horas, é o balanço publicado no boletim diário da Direção-Geral da Saúde.

Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região onde o aumento dos casos continua a ser mais significativo, contabilizando 80,8% dos novos casos, com 253 dos 313 contabilizados. Na zona de Lisboa ocorreram seis dos sete casos mortais registados nas últimas 24 horas. O outro óbito registou-se no Alentejo.

Nas últimas 24 horas, o número de pessoas internadas diminuiu para as 420 (menos 11) e nos cuidados intensivos estão agora 52 pessoas (menos sete).

Ministra vê bons resultados

A ministra da Saúde afirmou que começa a haver “bons resultados” no combate à covid-19 na região de Lisboa e que o rácio de transmissibilidade nacional está em 0,92, com uma “evolução muito favorável”.

Marta Temido afirmou que continuam ativos 198 surtos em todo o país, a maior parte (127) na região de Lisboa e Vale do Tejo, 40 na região Norte, 13 no Centro, 13 no Algarve e cinco no Alentejo.

A ministra admitiu que reduzir os números é “um caminho lento, moroso, difícil” para o qual é preciso olhar “com prudência”, mas salientou que “começam a surgir bons resultados”.

Ingleses não querem ver

Mas o que Marta vê, as autoridades sanitárias inglesas não vislumbram e Portugal continua na lista de países cujos passageiros são obrigados a quarentena na chegada ao Reino Unido.

Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros, não consegue desatar este nó que está a prejudicar o turismo nacional.  

“O Governo, naturalmente, lamenta a decisão, que não está fundamentada nos factos e nos dados que são conhecidos e públicos e aguardará que as autoridades britânicas evoluam”, afirmou o ministro, numa acusação implicita de que se trata de uma questão política ou de favorecimento económico de algum destino turístico concorrente do Algarve.

 “As autoridades britânicas tiveram a cortesia de nos informar ontem (quinta-feira) da decisão, mas não foram capazes de explicar os fundamentos científicos e técnicos da decisão tomada”, afirmou Augusto Santos Silva.

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