Há dias para tudo, normalmente efemérides destinadas a promover uma ação social ou, na maioria das vezes, produtos de venda a retalho. É o caso do dia de hoje que, segundo parece, é o Dia do Biquini. Já se fizeram fortunas a vender biquinis. E já se fizeram fortunas de biquini vestido…
A palavra “bikini” vem do nome dado a umas ilhas no Oceano pacífico que se tornaram célebres por serem utilizadas para testes de bombas atómicas. O sítio deve estar feito em cavacos…
Mas enfim, o nome inspirou um designer de moda dos anos 40 para criar as duas peças de roupa que passaram a ser as preferidas pelas mulheres para irem à praia.
Na altura o biquini causou polémica e foi considerado revolucionário. Era um atrevimento, mas depressa se tornou banal. E até se reduziu ainda mais, com o também famoso fio dental.
Só que, afinal, a “invenção” já tinha barbas, como se costuma dizer. Como podem ver pela foto de chamada deste texto, já as senhoras romanas no século IV usavam biquinis para se sentirem mais à vontade quando praticavam algumas atividades físicas nos dias de maior calor.
A imagem reproduz o “Mosaico das Raparigas” que está exposto no museu da Villa Romana del Casale, na Sicília, em Itália. A Villa Romana del Casale é um sítio arqueológico que faz parte, desde 1997, do Património Mundial da Humanidade da UNESCO. É famosa, sobretudo, devido à excepcional colecção de mosaicos que alberga, perfeitamente conservados ao longo do tempo graças a uma capa de barro resultante duma inundação antiga. O mosaico em questão é um desses exemplares muito bem conservados.
O biquini sempre foi inspirador, hão de concordar. E nem todos os biquinis são iguais, assim como nem todas as senhoras são parecidas. Há umas que ficam melhor de biquini que outras. Quem fez estrondo, há uns anos, com um biquini que vestiu (e costurou) foi a estilista Fátima Lopes. Um biquini cravejado de diamantes… que lhe ficava a matar, por acaso.