Trinta bicicletas paradas às 18 horas, num sábado, na Praça da Figueira sublinham a contestação ao excesso de ciclovias construídas em Lisboa – que retiram fluidez ao trânsito.
A ideia parecia interessante com turismo, mas agora as ciclovias estão quase desertas.
Foi um grande esforço também para agradar aos 510 mil habitantes. Mas esqueceram-se os milhares que vêm de fora, todos os dias. Só Oeiras e Amadora somam quase 400 mil habitantes.
Lisboa está cheia de colinas e montes. As bicicletas não servem as famílias activas com filhos. Ter duas bicicletas eléctricas razoáveis custa para cima de mil euros. Quem pode?
Eu uso as ciclovias todos os dias, nas bicicletas elétricas da Emel, e acho muito bem que existam. Aliás, devia haver mais. Tenho a certeza de que haveria menos bicicletas paradas se fossem todas elétricas. Eu, pessoalmente, nunca uso as não elétricas, que são demasiado pesadas para serem usáveis em Lisboa confortavelmente. O futuro não é menos ciclovias; é mais, e mais bicicletas elétricas acessíveis ao público.
O problema é o preço das bicicletas e a impossibilidade de multiplicar em número suficientes as docas. Por outro lado para a população com filhos, é difícil ir leva-los à escola e às actividades numa Lisboa que se espalhou ao vento. Eu uso sempre que possível, vivo sozinho. Tenho um Sprint de 6 velocidades, mas ando a pensar comprar uma dobrável eléctrica. Pode ser que nos encontremos. Abraço bolas pedaladas