Nas últimas 24 horas, morreram mais 8 doentes infetados com covid-19. O número de novas infeções é de 229.
Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região com mais novos episódios de infeção pelo novo coronavírus, com 188 das 229 novas infeções (82,1%).
Por concelhos, os dados da DGS continuam a dizer que algumas autarquias da IC-19 são das mais massacradas pela pandemia:
- Lisboa tem 3.502 (+49 que ontem)
- Sintra tem 2.668 (+54)
- Loures tem 1.827 (+15)
- Amadora tem 1.697 (+31)
- Vila Nova de Gaia tem 1.650 (+1)
O aumento dos contágios já saturou a capacidade de acolhimento do hospital Amadora-Sintra.
Há doentes que estão a ser transferidos para outros hospitais. O diretor clínico do Amadora-Sintra confirmou que o hospital pediu a transferência de oito pacientes, mas só conseguiu ainda a transferência de quatro que foram enviados para o hospital de Santarém.
Subsídio pago a 100%
O subsídio de doença às pessoas infetadas com covid-19 vai ser pago a 100 por cento, na sequência de um acordo do governo com o Bloco de Esquerda, nas negociações para aprovação do orçamento suplementar.
Catarina Martins disse tratar-se de um acordo “importante”. A dirigente bloquista lembrou que, atualmente, o isolamento profilático, quando as pessoas estão a aguardar a confirmação se estão doentes ou não, é pago a 100 por cento, mas a baixa médica não é.
Covid-19 na cadeia
A pandemia entrou mesmo nas cadeias. Depois de vários casos de funcionários e guardas prisionais infetados, nas cadeias de Caxias e Carregueira, há agora um recluso do Estabelecimento Prisional de Vale do Sousa, em Paços de Ferreira, que testou positivo para a covid-19.
Este é o primeiro caso confirmado da doença num recluso das cadeias portuguesas. O homem infetado, que não saía da prisão desde maio – mas que, depois de fazer o teste, foi colocado numa ala com cerca de 100 reclusos –, está agora isolado, mas será transferido para os serviços clínicos do Estabelecimento Prisional do Porto. Outros reclusos e funcionários do Estabelecimento Prisional de Vale do Sousa também estão a ser testados.
Passageiros de navios não desembarcam
O governo prolongou a interdição do desembarque de passageiros e tripulações dos navios de cruzeiro nos portos nacionais.
O despacho foi publicado em suplemento do Diário da República para produzir efeitos a partir das 00:00 horas de quarta-feira.
A proibição do desembarque de passageiros de navios cruzeiros foi, pela primeira vez, imposta em 13 de março e tem vindo a ser sucessivamente prolongada pelo Governo.
Tal como tem acontecido desde 13 de março, a interdição dos navios de cruzeiro nos portos nacionais não se aplica aos cidadãos nacionais ou aos titulares de autorização de residência em Portugal.
Os navios de cruzeiro também continuam a estar autorizados a atracar nos portos nacionais para abastecimento, manutenção e reparação naval.
O prolongamento da interdição também “não prejudica o desembarque em casos excecionais ou urgentes, mediante autorização da autoridade de saúde, nomeadamente por razões humanitárias, de saúde ou para repatriamento imediato”, garante o texto do diploma governamental.